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Prevenir para não remediar
Prevenir para não remediar

 

A Unidade de Cuidados na Comunidade de Palmela (UCCP), criada em Maio, arrancou em Outubro com o projecto "Prevenção de Quedas nas Pessoas Idosas". A diminuição do número de quedas é o objectivo prioritário

  

Usar sapatos fechados, de preferência com solas aderentes, pode ajudar a prevenir uma inesperada queda. Eis um conselho para qualquer pessoa, porém deve ser adoptado,  sobretudo,  pelos mais idosos. As  quedas são mais frequentes e  as consequências bastante piores. Não integram o complexo processo que é o envelhecimento, mas podem acontecer na sequência de doenças a ele  inerentes que afectam o sistema  neurológico, os músculos e a estrutura óssea. A título de exemplo, a perda  e equilíbrio, originada por uma patologia  do foro da otorrinolaringologia, pode originar uma queda. Certos factores ambientais e infra-estruturas podem igualmente contribuir negativamente.

 

Foi, pois, com o intuito de  ajudar os idosos e respectivos familiares a identificar e modificar os factores de risco que  nasceu o projecto "Prevenção de Quedas nas Pessoas Idosas", pela mão da Unidade de Cuidados na Comunidade de Palmela (UCCP). "Para além de serem uma ameaça real à capacidade  de viver de modo autónomo, constituem um sério problema de saúde pública, cujo peso socioeconómico tem acompanhado o aumento da população idosa", diz a enfermeira-chefe Fátima Semedo,  coordenadora da UCCP.

 

O projecto arrancou em Outubro último, conta com a parceria dos sete Centros de Dia de Palmela e é dirigido aos 240 utentes destes centros, identificados como grupo de risco pela Unidade Funcional. Em 2007, as pessoas com mais de 65 anos representavam 17% da população residente no  Concelho de Palmela.

 

Na prática, são realizadas  sessões de educação para a saúde, nas quais o fisioterapeuta (inserido no Programa de Cuidados Continuados e na Equipa de Intervenção Precoce) transmite estratégias para reduzir o perigo. Após as acções,  os participantes podem "solicitar uma visita domiciliária do formador, para identificar factores de risco ou sugerir alterações na sua casa", informa a  enfermeira. "Se com a nossa intervenção contribuirmos para a diminuição dos factores de risco, que possam provocar quedas na população-alvo, estaremos a contribuir para os ganhos em saúde",afirma.

 

Já estão agendadas sessões  até ao próximo mês de Abril e, conforme avança Fátima Semedo, está a ser equacionado  "um rastreio da osteoporose, através da medição da densitometria óssea, junto das populações do concelho, que têm poucas oportunidades de participar neste tipo de acções, devido ao isolamento geográfico em que vivem".

 

 

Conselhos para evitar as quedas…

… em casa:

– Colocar tapetes de borracha aderente e barra de segurança ou pegas na banheira;

– Retirar ou fixar os tapetes, para que não escorreguem;

– Não encerar o chão;

– Evitar móveis desnecessários, objectos soltos ou fios eléctricos no chão;

– Iluminar bem a casa e, durante  o sono, deixar uma luz acesa  para auxiliar a visão;

– Permanecer algum tempo sentado antes de se levantar, para evitar baixas repentinas da tensão arterial;

– Ao subir ou descer escadas, segurar bem o corrimão.

 

… na rua:

– Usar sapatos fechados com solas aderentes;

– No autocarro, esperar que este pare  completamente para subir ou descer;

– Realizar exercício físico regular. Pequenas caminhadas ajudam a fortalecer os músculos e a estrutura óssea.

 

Artigo de Sofia Filipe

Publicado no nº 70 do “Jornal do Centro de Saúde “ em  Novembro de 2010

 

Hiperligação ao site:

http://www.jornaldocentrodesaude.pt/Jornal_pdf/JCS70.pdf